O espaço de formação e hospedagem Caminho de Emaús pertence à irmãs dominicanas de Nossa Senhora do Rosário de Monteils, uma congregação fundada em 1850, em Bor, na França, pela madre Marie-Anastasie.

Nossa história começa com ela, menina simples, dona de um comportamento solidário, nascida em 17 de novembro de 1833, em Compeyre, região de agricultores. Foi batizada com o nome de Alexandrine Conduché e, aos 14 anos, com a ajuda do tio, que era padre, começou a dar aulas para crianças. A jovem escolheu um caminho que chamou de “educação para a inteligência da fé”. Diferentemente de uma fé alienante, esta privilegiaria o gosto pela vida.

Mais tarde, o tio, Jean-Pierre Gavalda, coloca em prática o projeto de fundar um convento em Bor. Ele, então, convida as sobrinhas Virginie e Alexandrine para tomarem conta da escola paroquial. Em busca de mais conhecimento, formaram-se na comunidade religiosa das irmãs de Notre Dame, em 1849. Alguns meses depois, Alexandrine adotou o hábito religioso e o nome Irmã Marie-Anastasie, que significa ressurreição. Ela fez os votos aos 18 anos, no dia 8 de outubro de 1951, na festa de Nossa Senhora do Rosário. Apesar da pouca idade, foi nomeada mestra das noviças.

Já a prima Virginie foi nomeada Irmã Saint-Joseph, mas, nesse meio tempo, ela se dá conta de que não tem vocação para a vida religiosa. O tio, padre Gavalda, também percebe isso. Virginie sai da congregação em 1862. Anastasie assume a comunidade como priora e atua com a ideia de uma vida religiosa voltada para o trabalho, com assistência a pessoas doentes, educação das crianças e das mães para a inteligência da fé.
Em 1875, a congregação filia-se à Ordem dos Pregadores, fundada em 1216, por São Domingos, na Espanha. Em vinte e cinco anos com a madre Anastasie à frente dos trabalhos, foram criadas vinte e cinco comunidades escolares.

Da França para o Brasil

Em 1885, a convite dos frades dominicanos, cinco francesas da congregação foram a Portugal, aprenderam o português e vieram para o Rio de Janeiro, em navio. De lá rumaram para São Paulo, em trem. Em seguida, viajaram até Ribeirão Preto e, por oito dias, em carro-de-boi até Uberaba MG. Instalaram-se na Santa Casa de Misericórdia da cidade e construíram o colégio Nossa Senhora das Dores. Deram esse nome à escola porque, ao chegarem, encontraram uma imagem de Maria mãe das dores.

A congregação das irmãs dominicanas cresce e se espalha pelo Brasil, fundando escolas e atuando em casas de saúde. O trabalho chega a Conceição do Araguaia, Porto Nacional, cidade de Goiás, Araxá, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Brasília. Alcança também outros países, como Ruanda, na África, Haiti, República Dominicana, Coreia, Vietnã, Paraguai e Peru. Atualmente, ela existe no Brasil, República Dominicana, França, Haiti, Paraguai, Vietnã e Roma, sempre com o objetivo de atender as necessidades humanas em cada lugar e anunciar o reino de Deus.

 

Nosso espaço em Goiânia

O espaço de formação e hospedagem Caminho de Emaús foi criado, em 2008, pela Irmã Nadir Rodrigues da Silva. Foi priora-geral da Congregação das Irmãs Dominicanas de Nossa Senhora do Rosário de Monteils. Passava um tempo no Brasil, outro na França.

Irmã Nadir sempre sonhou com um espaço que pudesse proporcionar o encontro com Deus, com o outro e consigo, além de promover a preservação do meio ambiente. Procurou um lugar na periferia da cidade com preço acessível e encontrou uma chácara que correspondeu ao desejo de unir natureza, Deus e o ser humano.
Essa história está relatada em um caderno manuscrito: "Um sonho que se tornou realidade. Foi no mês de novembro de 2007 que Irmã Cleonice Cardoso, nossa provincial, propôs à Irmã Nadir Rodrigues da Silva ficar em Goiânia, continuando sua missão apostólica. Assim, estaria mais próxima de sua mãe centenária e de sua mana, Zélia. 

Irmã Nadir, que, após deixar o generalato da Congregação, sonhava com uma comunidade de oração, de escuta, de acolhida, propôs à Irmã Cleonice esta possibilidade, que foi muito bem aceita por ela e pela Província Nossa Senhora do Rosário. Foi convidada para integrar a comunidade Irmã M. Beatriz Manna, que estava na comunidade Nossa Senhora da Esperança, em Frutal (MG).

Em dezembro, começamos a procurar, no Residencial Itaipu, uma casa onde pudéssemos iniciar nossa missão, até que encontrássemos um local apropriado para implantar o projeto. Tudo foi se encaminhando, pois sabíamos que seria uma obra de Deus. Em fins de dezembro, soubemos que estava à venda, nas proximidades do Residencial Itaipu, a chácara Recanto da Vovó, de propriedade de José Mendonça Teles. Lugar lindo, com muitas árvores de lei, árvores frutíferas, residência, dois salões, piscina, área gramada, galinheiro etc.

O Conselho Provincial aprovou a aquisição do imóvel, que tem, ao todo, 80 mil metros quadrados. A escritura foi passada no fim do mês de janeiro e o nome, escolhido: Comunidade Caminho de Emaús. Era integrado pelas irmãs Francinete Rodrigues Carneiro e Juana Gabriela Montero Vázquez, ambas da Província Nossa Senhora de Guadalupe.

Foi admitido como funcionário, a partir de 1º de fevereiro o caseiro Paulo da Silva, que reside em uma das casas com a mulher e duas filhas. Em 5 de fevereiro de 20..., nossa madre geral, Irmã Valéria Moutinho, veio conhecer a chácara. Gostou muito do local. Acreditou que era o lugar certo para realizar o projeto, além de constatar que foi um ótimo investimento que a Província fez. 

Atualmente, o espaço é coordenado pela irmã Gilda Ferreira da Silva e integrado também pelas irmãs Maria Amália e Maria Aparecida Ribeiro.

Agora que conheceu um pouco da história, venha visitar o Caminho de Emaús e reafirmar o valor de sua vida, da natureza